quarta-feira, 10 de março de 2010

Memórias de um Papel

Postagem #100
(Esse post não é continuação do anterior, apesar dos dois pontos no último título. Continuarei aquele ou no próximo post ou mais tarde)

Esse post aqui será bem longo porque ele é quase o centésimo post que já fiz no total. É quase porque já passei dos cem, mas como vou desconsiderar os que falavam de São Paulo (er...) e uns que ocultei ou deletei, esse aqui será o marco dos cem. Não vou falar muita coisa útil aqui, mas queria escrever bastante. Well, comecemos.

Desde que eu adquiri essa minha postura - não a de corcunda, mas o modo de pensar - lá para 2006, eu nunca consegui imaginar como seria o futuro, como eu estaria anos mais tarde. Ou melhor, eu nem ligava para isso, não sei se era por infantilidade ou por temer que tudo poderia mudar rapidamente, mas eu não dava atenção alguma. Em parte, achava que tudo iria ficar nos trilhos e se repetiria de novo e de novo até eu sair da escola. Foi basicamente isso o que aconteceu, embora tenham acontecido algumas coisas a mais.

Na sexta série, um grande amigo meu teve que se mudar de Natal para João Pessoa. Victor foi embora um tanto de repente e todo mundo sempre dizia que alguns amigos iam e outros ficavam. Fácil de aceitar, claro, tudo normal aí. Não tão fácil foi na vez de Renan, mesmo quando eu sabia que ele cedo ou tarde sairia do colégio e moraria bem longe. Ele começou os estudos para a EPCAR e tudo era muito feliz para todo mundo até o dia em que as pessoas se tocaram e lembraram: ele vai para Barbacena estudar por três anos em um colégio militar.

Claro, esses não são exemplos de pessoas desaparecidas da minha vida ou algo assim. Definitivamente aceito a idéia de que as pessoas realmente saem, assim como outras entram, porém é muito difícil aceitar isso quando todo o seu grupo de amigos é uma mísera sala com quarenta pessoas. Eu pensava, com isso, que apenas uma ou outra dessas 40 iria para longe. Engano.

Depois do Carnaval foi a vez de alguém quem mais esteve por perto, tanto metaforicamente quanto literalmente: meu irmão. Assim como Renan, eu sabia que ele seria aprovado e viajaria para estudos, mas agora quem se distanciou foi alguém fora do 'círculo comum' de amigos. Inicialmente eu não conversei muito com essas três pessoas e infelizmente só notei o quanto eram importantes há um ou dois anos atrás. Ao menos foi com eles que tive ótimas conversas, seja com risadas (as vezes que mais ri em toda minha vida foram justamente com eles três), com debates intelectuais impossíveis ou com votos de confiança.

Pergunto-me aqui quem seria o próximo e logo obtenho a resposta: serão todos. Ah, calma. Antes de todos, mais um saiu ainda: Lucas. Esse foi mais súbito, abandonou o que tinha aqui para jogar basquete em São Paulo. Passei a falar com ele mais frequentemente apenas no ano passado, quando o bom e velho mapa de sala contribuiu para tal. Questiono em voz alta agora: alguém mais vai sair, antes do fim do ano?

Queria que fosse eu. Eu queria que eu "saísse", fosse para longe fazer algo que gosto na vida. Well, em parte, já fiz isso e disse que faria de novo, mas vejamos ainda. O vestibular está logo ali na frente, pronto para ser desafiado pela vagabundice em pessoa. Caso eu consiga, well, bolarei meus planos bolados para saber se permaneço aqui em Natal ou não.

A dúvida é que eu ainda não sei o que vai acontecer no futuro. Desde dezembro fiz tantas promessas, assim como escutei tantas, mas se realizarão? Não duvido de quem falou nem de mim mesmo, apenas não consigo imaginar tudo isso. Disso tudo, tenho sorte de não possuir um medo que muitos teriam. Não temo que uma pessoa muito querida se afaste de mim, em parte porque ninguém aqui está com esse cargo, como também porque eu ouvi as promessas.

Voltem ou não, saiam ou não, ficará tudo aqui registrado para sempre nas memórias do Papel. Vale lembrar que esse título era para ser utilizado em um futuro extremamente distante e apocalíptico, mas como sei que isso não ocorrerá, usei-o hoje. Tenho outros em mente aqui caso precise, rs.

Bye.

2 comentários:

  1. FORTUNE, FAME
    MIRROR VAIN
    GONE INSANE
    BUT THE MEMORY REMAAAAINS


    :(

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  2. È Papel, a vida é assim mesmo. Temos que aproveitar cada minuto da companhia dos colegas e porque não dizer dos pais, avôs,primos enfim da família. Meio piegas mas verdadeiro!
    Vc tem sorte de ter três colegas que se foram mais que ainda contam com vc como um amigo.Parabéns,amizades assim são raras.

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