domingo, 10 de janeiro de 2010

Eu só queria...

Antes de tudo, queria meus vinte e cinco centavos. Daqui para lá eu fico rico, ou mesmo pobre, já que não vou ganhar esse dinheiro.

O que queria era só... digamos, meia semana feliz? Nem precisa ser quatro dias, bastam três mesmo. Mas queria esses dias sem tem que compensar depois: não quero meia semana feliz para ferrar um mês inteiro depois. Deus está de brinks comigo. Ou é o nosso amigo destino, não sei. Quem quer que seja, pare com isso. Acho que vocês devem ter percebido, mas considero que Deus exista mas eu não acredito nele. Vivo a vida sem parar de jogar desafios nele para que ele prove sua existência. Acho isso uma bobeira, mas ele sempre responde, embora eu não percebe.

Desde que as férias começaram, consegui pedir várias coisas a ele. Ganhei todas, inclusive algumas antigas. O problema é que não notei na hora. Ganho as opoturnidades perfeitas em momentos adequados, porém isso não basta para mim. Sempre dou um jeito de estragar, acidentalmente ou não, e fico de pedir mais coisas a ele. Claro, ele fica de entregar também.

Hoje sonhei, e leitores, sonhei para caralho. Infelizmente, um foi relacionado à internet, vocês sabem que odeio isso. Esse é agora o mais difícil de lembrar, mas do outro lembro sim. O outro foi bem conturbado, nunca tive nada assim, mas sei que não pode acontecer por causa de algumas incompatibilidade com a realidade. Mesmo assim, verei se consigo explicá-lo aqui:

Era noite e eu ainda usava a farda do CEI. Não sei o que aconteceu, mas eu fugi de casa. Fugi. Peguei um ônibus e fui até o Via Direta, onde não sabia o que fazer, então atravessei a passarela. Enquanto passava, começou uma chuva dos infernos e logo todos correram. Papel odeia correr, quanto mais em chuva, mas correu até o Natal Shopping. Desviou daqueles retardados que sempre ficam no final da passarela e entrou no shopping, ensopado.

Assim que entrei, senti aquele belo frio me matar. As pessoas olharam para mim com espanto e perguntaram se chovia forte mesmo. Parei por um tempo na entrada e pensei sobre meus pais, o que eles pensariam de mim agora. Procurar-me-iam? Não passei dois minutos lá, voltei para a parada, a chuva havia cessado. Ainda ensopado, quem encontro lá? Sim, leitores-fantasmas, exatamente ela. A menina a qual ainda é, talvez incorretamente, chamada de S2 do Papel. Isso é um sonho ou um pesadelo?

Ela estava acompanhada do pai, acho, não sei. Avistei-a duas vezes antes que ela me notasse. Falou um oi comigo, mas esqueceu meu nome e disse um errado. Disse um nome errado. Eu não respondi e então ela se lembrou. "Oi, Daniel", disse com aquela obrigação de cumprimento. Respondi com um oi mais morto ainda, mas não sabia mais o que falar. Passou na minha cabeça perguntar sobre como foi o Natal dela, como e onde passou o ano-novo. Não, não perguntei.

Passou um 46 e nós entramos. Na hora, achei que ela não poderia pegar esse ônibus, mas ignorei. Esse me faria voltar para casa. O sonho acabou.


Esse ao menos teve uma seqüência lógica de acontecimentos, comparado ao da internet. Aquele foi triste, não aconteceu nada com nada, mas eu tinha, tinha que sonhar com ela. Estava em um banheiro e falava alguma coisa com Renan, não lembro bem... mas não interessa. Só me mostra o quanto estou estressado com todas essas porcarias que me acontecem. Queria poder socar meu pc e não ligá-lo até então, mas tenho medo. Não poderia ter um novo tão cedo. Quem sabe Deus me dará um em breve.

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